bioética#015 👴🏽 Etarismo nos Sistemas de Saúde: Problema Crescente
E mais: Aborto na Constituição francesa | Mutilação genital feminina em alta | Medicamentos pediátricos : terra-de-ninguém
Olá !
Hoje é dia 11 de março de 2024!
( ͡°( ͡° ͜ʖ( ͡° ͜ʖ ͡°)ʖ ͡°)͡°) Aqui é Cláudio Cordovil Oliveira e, como já é de seu conhecimento, toda segunda-feira compartilho com você uma curadoria de conteúdo sobre as novidades e discussões mais pertinentes no mundo da bioética, divulgadas na imprensa nacional e internacional.
🔢 Contagem de palavras: 1253 ⏰ Tempo de leitura: 5 minutos e 16 segundos.
França torna-se o primeiro país a incluir o direito ao aborto na Constituição
📜 A semana passada começou com esta grande notícia. A França votou para garantir explicitamente o acesso ao aborto em sua Constituição, um marco histórico para os direitos das mulheres.
- Por que isso importa: Esta ação coloca a França na vanguarda da proteção dos direitos reprodutivos, assegurando que futuras administrações não possam reverter facilmente essas liberdades.
🧠 O que está acontecendo:
A emenda declara o aborto como uma “liberdade garantida”, com leis supervisionadas pelo Parlamento.
Inspirada pela revogação do Roe v. Wade nos EUA, a França consolida o apoio ao aborto diante de possíveis ameaças conservadoras.
🔍 Nas Entrelinhas:
A oposição ao movimento foi mínima, contrastando com o apoio maciço da população e a mobilização de ativistas feministas.
O processo constitucional francês raramente é modificado, destacando a importância desta emenda.
🏃 Resumindo:
A emenda foi aprovada com 780 votos a favor e 72 contra, após intensas discussões e homenagens a figuras históricas do feminismo francês.
🖼️ O quadro geral: A França não só reforça o direito ao aborto como também envia uma mensagem poderosa de autonomia e direitos femininos em um momento de crescente polarização global sobre o tema.
💭 Nossa opinião: Esta medida histórica da França poderá inspirar outros países a seguir o mesmo caminho, fortalecendo a luta global pelos direitos reprodutivos.
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Aumento Global na Prática da Mutilação Genital Feminina
Meninas quenianas receberam certificados após uma cerimônia alternativa de rito de passagem organizada por uma organização sem fins lucrativos que luta contra a violência de gênero e a mutilação genital feminina. Crédito...Simon Maina/Agence France-Presse — Getty Images. Reprodução
🌍 Mais de 230 milhões de mulheres e meninas sofreram mutilação genital feminina (MGF) ao redor do mundo, um aumento significativo que desafia os esforços globais para erradicar essa prática.
- Por que isso importa: A prática da MGF continua a crescer devido às altas taxas de crescimento populacional nos países onde é mais prevalente, colocando em risco os esforços para alcançar a meta de erradicação até 2030.
🧠 O que está acontecendo:
A MGF ainda é amplamente praticada na África subsaariana, partes do Oriente Médio e Ásia, com variações nos esforços e sucessos na redução dessa prática.
Em alguns países, como Burkina Faso, houve uma queda significativa na prevalência, enquanto em outros, como Somália, as taxas permanecem altas.
🔍 Nas Entrelinhas:
Estratégias que incluem educação e legislação têm mostrado resultados variados, com algumas comunidades adotando abordagens alternativas ao rito de passagem tradicional.
🏃 Resumindo:
A prática da MGF é resistente à mudança em áreas onde está profundamente enraizada culturalmente, apesar das campanhas de conscientização e legislação contra ela.
🖼️ O quadro geral: A luta contra a MGF enfrenta desafios significativos, especialmente em países com altas taxas de crescimento populacional e contextos de fragilidade devido a conflitos e desastres climáticos.
A mudança de normas sociais em comunidades diversificadas mostra ser um caminho promissor para a erradicação da prática.
💭 Nossa opinião: A persistência da MGF destaca a complexidade de combater práticas culturais prejudiciais, exigindo uma abordagem multifacetada que inclua educação, legislação e envolvimento comunitário.
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Etarismo no Sistema de Saúde: Um Problema Crescente
🏥 A discriminação por idade no sistema de saúde prejudica o tratamento e o bem-estar dos idosos.
- Por que isso importa: O etarismo pode resultar em tratamentos inadequados, afetando negativamente a saúde dos mais velhos.
🧠 O que está acontecendo:
Profissionais da saúde, às vezes, tratam idosos com base em estereótipos, não em suas reais condições de saúde.
A formação médica sobre o envelhecimento é insuficiente, o que perpetua o problema.
🔍 Nas Entrelinhas:
Estereótipos negativos sobre a idade podem levar a um tratamento ineficaz e aumentar os custos de saúde.
Iniciativas como os Sistemas de Saúde Amigáveis à Idade buscam promover um atendimento centrado no idoso.
🏃 Resumindo:
É essencial educar profissionais de saúde para reconhecer e combater o etarismo no atendimento.
🖼️ O quadro geral: Reconhecimento e respeito pela individualidade dos idosos são fundamentais para oferecer um atendimento de saúde adequado e sem preconceitos.
💭 Nossa opinião : A mudança na percepção dos profissionais de saúde sobre o envelhecimento é vital para melhorar a qualidade de vida dos idosos.
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Medicamentos pediátricos: Uma lacuna crítica na pesquisa e aprovação
🔬 A maioria dos medicamentos é desenvolvida e aprovada apenas para adultos, deixando uma grande lacuna na pesquisa pediátrica.
- Por que isso importa: A falta de estudos específicos para crianças coloca-as em risco maior de efeitos colaterais e limita o acesso a tratamentos eficazes.
🧠 O que está acontecendo:
Medicamentos são frequentemente prescritos para crianças de maneira off-label, sem testes adequados para essa faixa etária.
A situação é especialmente crítica para recém-nascidos e doenças raras.
🔍 Nas Entrelinhas:
A pesquisa pediátrica enfrenta obstáculos financeiros e práticos, como a dificuldade em recrutar pacientes jovens para ensaios clínicos.
🏃 Resumindo:
A segurança e eficácia de medicamentos em crianças permanecem incertas devido à falta de ensaios clínicos direcionados.
🖼️ O quadro geral: Há uma necessidade urgente de mudança na abordagem da pesquisa e aprovação de medicamentos para crianças, com esforços para incluí-las em ensaios clínicos e desenvolver diretrizes específicas para seu tratamento.
💭 Nossa opinião: A proteção das crianças exige pesquisa, não apenas precaução.
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BIOÉTICA NAS CANÇÕES
Run the world (Girls) - Beyoncé
Abrindo uma exceção ao nosso foco usual aqui na seção "Bioética nas Canções", é impossível não destacar o papel cultural de "Run the World (Girls)" da Beyoncé, especialmente considerando eventos significativos, como o Dia Internacional da Mulher (8/3) e a recente aprovação da lei do aborto na França (4/3). 🌸✊
Este hit de 2011, que celebra o empoderamento feminino, encontrou uma nova ressonância durante um momento histórico na França. Centenas de parisienses se reuniram na Praça do Trocadéro numa segunda-feira à tarde (4/3) para assistir à transmissão da votação em um telão. A declaração do resultado foi celebrada ao som de gritos de celebração e de "Run the World (Girls)" da Beyoncé. 🎉🎶
Esta correlação simboliza não apenas a luta contínua pela autonomia feminina e pelo direito de tomar decisões sobre o próprio corpo, mas também o papel da música como um poderoso veículo de expressão e mobilização social.
Embora a canção não aborde diretamente o tema do aborto, ela ecoa o espírito de liberdade e reivindicação de direitos, ressoando com o significado da aprovação dessa lei e a celebração do Dia Internacional da Mulher.
Portanto, "Run the World (Girls)" de Beyoncé se alinha ao movimento pela liberdade feminina e aos avanços na luta pelos direitos das mulheres em todo o mundo. A música se tornou um hino ouvido em um momento histórico, ampliando sua mensagem de empoderamento feminino.
🎶💪 Vamos celebrar esses momentos, refletindo sobre o poder da música e da voz feminina na sociedade.
٩( θ‿θ )۶ That’s all folks. Até a próxima segunda-feira.